Relacionamentos SOCIAIS em níveis

Ao pensar nos relacionamentos que temos ao longo da vida e os ambientes onde eles acontecem, imagino alguns níveis ou camadas emocionais que cada um deles ocupa em nós. E as expressões, rede de apoio, diálogos, afetos e aprendizados se destacam para mim no tema RELACIONAMENTOS SOCIAIS.

Como seres essencialmente relacionais a conexão com o outro deixa de ser opção e torna-se necessidade. A autora Kasley Killam:  Cientista social e autora de “The Art and Science of Connection”, estuda a saúde social e o papel das conexões humanas no bem-estar e longevidade. 

Compartilho aqui uma breve reflexão sobre o que penso, trazendo essas três breves definições e diferenças que vejo entre elas: networking, rede de apoio e parcerias.

O networking são as relações construídas nos ambientes de trabalho quando o foco é ampliarmos redes de pessoas, seja através de eventos, cursos ou encontros comerciais específicos. Essas relações se caracterizam pela postura de COMPENSAÇÃO: expressão utilizada pelo autor do Livro Dar e Receber, Adam Grant

É estar disponível, quem sabe para indicação de serviços, troca de experiências sobre carreira ou mercado –  é uma prontidão de ser alguém interessante sem ser  interesseiro.

A rede de apoio caracteriza-se por generosidade, afeto compassivo e interesse genuíno por aprender um com outro.

É lugar de explorar nossa essência em conversas que transformam e orientam. É lugar de abrigo emocional confiável. Afinal não existimos para o isolamento e não somos auto suficientes, mesmo que num surto de ilusão orgulhosa nos pareça que sim.

Na rede de apoio, sentimos que o outro nos complementa com afinidades de pensamento e valores que se alinham aos nossos. É o lugar de dar e receber suporte, entrelaçando nossas dores, alegrias e construindo algo para a vida. Diferente das nossas expectativas irreais, não é um espaço relacional ausente de conflitos. Mas com uma consciência de profundo respeito e zêlo em honrar um ao outro com a intencionalidade de uma relação humana de longo prazo. A característica principal desse estilo de relacionamento social é uma apreciação positiva dos talentos, associada ao habilidoso cuidado em prover feedback honesto e compassivo. É estarmos disponíveis nos momentos de fragilidade e também de comemoração. Nas redes de apoio construímos sinceras amizades. 

Sobre as relações de parceria, podem ou não serem boas. Ressalto aqui, aquelas orientadas ao utilitarismo (expressão da filosofia para algo ou alguém que é útil aos meus propósitos). Infelizmente pessoas utilizam-se de pessoas. Criamos expectativas e adoecemos quando somos apenas úteis. Seja sábio para construir networking, sendo sensível para escolher sua rede de apoio e prudente com as parcerias utilitaristas.

Todos temos necessidade de pertencimento e amor.

Que você prospere em tudo.

Gisele Cipili

Leia também: https://giselecipili.com.br/viver-com-proposito/

Receba nossas Atualizações

Cadastre-se para receber nossas atualizações…

Compartilhe!

Não pare por aqui

Leia também

Carreira

O Salário Emocional

A busca por maior bem-estar emocional, que já vinha acontecendo desde a entrada dos profissionais da geração Y no mercado de trabalho acentuou-se no pós

Carreira

A Carreira da Mulher

Nós mulheres mudamos durante a vida inteira. Cada fase oferece chances de renascermos, aceitando a nossa natureza cíclica, criativa, bela e mutável. Reflita comigo olhando para as fases que abordo aqui como sendo os principais ciclos femininos de carreira. Utilizo como base para os meus insights a mulher brasileira com graduação formal e também a minha experiência de atuação ao lado delas desde 1999, tanto no voluntariado como no meu trabalho atual.

Carreira

O que é o sofrimento por stress profissional?

Uma compreensão clínica e psicológica do adoecimento pelo trabalho no contexto brasileiro contemporâneo
Base bibliográfica: Hans Selye e Herbert Freudenberger, além de pesquisadores brasileiros como Christophe Dejours, Wanderley Codo e Mônica Lírio Lipp, cujos trabalhos abordam a psicopatologia do trabalho, a síndrome de burnout e a relação entre trabalho e sofrimento psíquico

Material resumido pela IA com a curadoria de Gisele Cipili e Programa Me Inspira

Sem categoria

Um estado e um destino.

Hoje a ciência é capaz de investigar nosso cérebro em plena atividade através de máquinas sofisticadas e potentes. Exames sanguíneos podem mensurar nossos níveis de serotonina, um neurotransmissor chave para o equilíbrio do humor. Os processos terapêuticos foram amplamente divulgados através de conteúdos sobre a necessidade de autoconhecimento e inteligência emocional. Mas o que temos aprendido sobre nosso posicionamento de destino? Somos destinados ou nos destinamos?