Sempre ouvi das pessoas mais próximas que falar é meu maior talento, mas também fico pensando que o conteúdo é mais importante do que o volume de palavras. Por isso busco aprendizado constante nesse tema.
Então eu li que as mulheres falam, em média, 20 mil palavras por dia, em comparação com meras 7 mil pronunciadas pelos homens, pelo menos segundo um livro de um neuropsiquiatra americano lançado em 2006. Esse é o link da matéria se quiser conferir depois. https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/11/131117_mulheres_falam_mais_homens_lgb
Fora do laboratório mas na vida real eu imagino que seja por isso que nos referimos à língua como chamada “materna”.
É uma crença minha de que esse não é um rótulo para confirmar o estereótipo de que mulheres falam muito, mas sim que a mãe natureza se encarregou de nos equipar com um diferencial em áreas do cérebro que nos habilita para o ensino da linguagem para os nossos filhos. Sabemos que somos os primeiros seres humanos que eles terão contato e convívio próximo nos seus primeiros anos de vida, por isso sermos hábeis nesse quesito é obra da mãe natureza.
Feitas as devidas referências, a ideia aqui é despertar uma reflexão sobre o diálogo, a sua beleza e os seus desafios. Já reparou que ele transcende gênero, raça, idade e é a maior ferramenta de conexão humana que nós temos?
No prefácio do livro Diálogo – comunicação e redes de convivência, eu me deparei com o termo Inteligência Reflexiva. Fiquei parada naquele parágrafo e somente depois de dois dias consegui retomar a leitura. Tive a impressão de que naquele momento tudo fazia sentido na minha vida. Esse é o tipo de inteligência que mais desejo desenvolver pois me sinto tão energizada com diálogos respeitosos, interessantes e profundos, que para mim, melhorá-los sempre foi um alvo inconsciente que se mistura com a minha identidade no mundo.
Mas nem todos ficam tão confortáveis assim, afinal uma conversa pode ser muito frustrante, principalmente quando se transforma num meio de demonstrar conhecimento, força, poder ou superioridade ao outro.
Nos diálogos estão uma das mais lindas oportunidades de conexão que recebemos na vida e que se melhorado pode minimizar conflitos, encerrar demandas e promover o amor – nosso maior bem como humanidade.
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Afetuosamente
Gisele Cipili