Escutei essa frase e gostei:
Crenças são percepções que temos das coisas e que assumimos como verdades. Elas geralmente estão baseadas nas interpretações que fazemos da vida.
Estava lendo o livro “Rápido e devagar, duas formas de pensar” e fiquei um pouco confusa no início. Os autores escrevem sobre as interpretações que fazemos rapidamente sobre os fatos e as pessoas, enquanto precisaríamos de mais tempo para saber se o que acreditamos ser, era verdadeiro ou mero julgamento.
Acabei me deixando levar pelas ideias e decidi escrever esse post sobre crenças.
As minhas, as suas, as nossas crenças de cada dia!
Você percebeu que pode ser arriscado afirmar um ponto de vista como a pura verdade absoluta acima de todas as outras, só porque você acredita nele? Isso já aconteceu comigo e só fui perceber diferentes pontos daquele fato quando estive em meio à algo parecido com ele um dia.
As crenças nos armam laços no caminho e que se não tivermos cautela, irão nos enrolar e fazer tropeçar. Por exemplo, conheço a história de um casal que acredita que as pessoas foram ingratas com eles e falam claramente sobre a decepção de terem se dedicado tanto à elas, sem terem o reconhecimento esperado. Mas sei que houve um momento em que esse mesmo casal foi muito honrado e cuidado por pessoas com as quais eles foram ingratos e não reconheceram. A crença aqui é sobre o que é gratidão e ingratidão.
Parece que quando somos nós na berlinda a crença nos favorece não é mesmo?
Agora imagine o contexto de alguém passando por um momento de mudanças na carreira e que não se abre para novas crenças e nem novos fatos sobre o mercado ao seu redor? Parece bem ruim, porque essa pessoa carrega velhas crenças que se formaram das experiências que ela viveu até aqui. Mas talvez grande parte delas não façam mais sentido.
Lembro de uma gestora que atendi que me relatava o feedback do seu novo líder com muita mágoa porque lhe pareciam injustas as afirmações que ele tinha feito sobre o trabalho dela. Pois realmente acreditava que naqueles 15 anos de empresa fazia o seu máximo e não enxergava motivo para as mudanças que ele propunha. Sua crença era de que era boa o suficiente e não tinha porque ser desafiada a crescer. Para ela a crença sobre um bom profissional é que deveria ser regular e consistente mas nunca inovador.
Que loucura não é? Enquanto escrevo tenho a impressão de que é um assunto interminável e que não chegarei a conclusão nenhuma de certo ou errado sobre crenças.
Nesses anos de carreira que facilito o desenvolvimento das pessoas, percebi que é melhor sermos humildes para conseguir rever convicções. Afinal eu vi alguns crescendo muito quando se permitiram ser questionados. Assim como vi outros (poucos) firmados numa falsa segurança. Esses últimos já carregavam pesadas barreiras sobre os ombros e vinham impondo à si mesmos limites rígidos, ao ponto de os deixarem cansados e até paralisados na vida.
Fecho esse post coma frase:
“Quem não critica o que crê não lapidará suas crenças, quem não lapida suas crenças será servo de suas verdades. E se suas verdades forem doentias, certamente será uma pessoa doente.”
Que você prospere em tudo.
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